terça-feira, 29 de maio de 2012

Bons tempos


Um dia desses, lendo o livro: “Se eu pudesse viver minha vida novamente” do grande escritor Rubem Alves, pude viajar nos tempos antigos, citado pelo autor. Lembrei dos tempos das portas sem fechadura.
Ah como era bom as portas sem fechadura...
Antigamente não havia a preocupação de um ladrão entrar em sua casa e levar na “mão grande” aquilo que custou muito esforço para você conquistar.
As pessoas se respeitavam e não invejavam o que era do outro.
Lembro que nas casas da roça, não havia fechadura, mas uma cordinha que quando puxada abria o trinco do lado de dentro. Assim as pessoas entravam sem bater e quando não encontravam ninguém era auto-convidada a servir um bom cafezinho que sempre tinha em cima da mesa, em seguida partiam sem mexer naquilo que não lhe pertencia.
Naqueles tempos os quartos não tinham portas, mas cortina, que quando fechadas significava que alguém estava ocupada lá dentro. E se respeitava a intimidade do outro.
Mas os tempos mudaram e com ele as pessoas também. Os vizinhos já não se respeitam, não há mais aquela confiança da “cordinha do lado de fora”. Hoje as casas são bem trancadas, muros altos, câmeras de segurança e até cães que antes eram animais de estimação viraram armas contra bandidos. Os filhos se trancam em seus quartos para se drogarem ou algo do tipo. Não aceitam que seus pais “invadam” a sua intimidade. Lamentável!
Tenho sonhado com dias melhores. Sei que depende de mim, dar o primeiro passo. Como diz a canção: “Faça uma criança, plante uma semente, escreva um livro que ensine algo de bom”.
Faça sua parte, sem interesses. Ore por aqueles que querem te prejudicar, por aqueles que estão ao seu lado, por aqueles que ainda não amam, não se respeitam.
Seja feliz, faça as pessoas ao seu redor felizes. Jesus te ama muito e está contigo em todos os momentos. Tire a fechadura do seu coração duro e deixe uma cordinha para que Jesus possa entrar sem bater e fazer maravilhas em sua vida.
Deus te abençoe!
 




Att,



Marco Aurélio
@kinho_mj

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O ônibus



  A cada dia que passa me surpreendo cada vez mais com a dinâmica do ônibus. Têm gente entrando, gente saindo, alguns dormindo, outros rezando. Sou um desses que entra no ônibus rezando. Calma! Não sou tão preocupado com a capacidade do motorista não viu (risos). É que faz parte do meu dia, ir trabalhar rezando o santo Rosário.
 Muitas pessoas me olham com estranheza quando entro no ônibus com o terço na mão. Acho que são pessoas de outras religiões, crenças ou até mesmo pessoas que não acreditam em Deus. Enfim, o fato é que tem gente de todos os estilos, jeitos e maneiras.
 Fico observando a expressão nos rostos e vejo cada uma tentando revelar alguma coisa que jamais saberemos explicar. Uns mais ranzinzas outros mais alegres, outros então sem expressão alguma, deve ser a dura rotina do dia a dia.
 E assim o ônibus vai seguindo sua rota, sobe gente, desce gente. Pessoas com problemas financeiros, amorosos, escolares, mas também pessoas de bem com a vida, que com um largo sorriso no rosto consegue ao menos tirar um sorriso daqueles ranzinzas citados agora a pouco.
 Bem, eu sou mais um passageiro desse ônibus, um observador de tudo o que acontece dentro dele. Não sou o ranzinza, nem o alegre que fala com todo mundo. Mas gosto de ser o gentil que levanta para outras pessoas sentarem, que fica feliz quando o motorista nos recepciona com um bom dia, boa tarde ou boa noite, quando o cobrador com muito cuidado, atenção e zelo desce para recepcionar um cadeirante.
 Esses sãos os meus pensamentos, a vocês caros leitores e leitoras, deixo um forte abraço. Muito obrigado!



Att,


Marco Aurélio
@kinho_mj